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Nyusi condena ataques da Renamo

Chiuta (Moçambique), 29 Jul (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, condenou hoje os ataques que estão sendo protagonizados pelos homens armados da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, em algumas regiões de Tete, sublinhando que esta província “não deve ser o centro de treinos para confusões”. Falando em Manje, sede do distrito de Chiuta, durante um comício que orientou no âmbito da sua visita de trabalho de quatro dias à esta província, localizada no centro de Moçambique, Nyusi recordou que Tete fez guerra contra o colonialismo português para se libertar e conquistar a independência. “Isso que estamos a ouvir por aí tem que parar. A população não deve permitir que alguém saia do seu distrito, onde vive bem, para vir fazer guerra aqui em Tete”, vincou o Chefe de Estado moçambicano. Realçou que a população de Tete quer paz. Aliás, durante o comício, este sentimento foi a nota dominante e que foi testemunhado pela mensagem dos residentes de Manje apresentada ao Chefe de Estado e que repudia estes actos. “Tete quer paz. Não permitam qualquer que seja o indivíduo que venha aqui criar distúrbios. Ninguém vos pode enganar para fazer guerra”, apelou Nyusi, num tom vigoroso. O Chefe de Estado reagia aos últimos relatos que indicam a ocorrência de ataques, sobretudo na região norte de Tete, particularmente nos distritos de Tsangano e Moatize, que forçaram as populações a abandonar as suas residências para se refugiarem no vizinho Malawi. Um dos últimos ataques terá ocorrido na última sexta-feira, no posto administrativo de Zóbuè, distrito de Moatize. Como resultado, cerca de 100 pessoas procuraram refúgio no Malawi, segundo noticiou, na altura, a Rádio Moçambique. O ataque resultou também na destruição de casas e celeiros. Este não é o primeiro ataque da Renamo no distrito de Tsangano, onde a Renamo teima em manter uma das suas principais bases militares, não obstante o acordo de Cessação de Hostilidades Militares assinado a 25 de Setembro de 2014 e que contempla, entre outras acções, a desmilitarização das forças residuais deste do antigo movimento rebelde em Moçambique. Há cerca de um mês, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, admitiu ter autorizado um ataque contra as forças de defesa e segurança moçambicanas, alegadamente para evitar que estas atacassem as posições dos seus homens armados.

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