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China regista excedente comercial recorde em Outubro e nova queda das importações

A China registou em Outubro um excedente comercial recorde, com uma nova queda das importações e das exportações que confirma a fragilidade persistente da segunda maior economia mundial e as dificuldades de sua demanda interna. As importações chinesas, calculadas em dólares, retrocederam em Outubro 18,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a US$ 130,774 bilhões. Este é o 12º mês consecutivo de queda. Em Setembro a redução foi de 20,4%. Como acontece desde Julho, as exportações também recuaram, 6,9% em Outubro, a 192,414 bilhões de dólares, em um contexto de desaceleração da demanda internacional. O excedente comercial resultante foi de 61,64 bilhões de dólares, o que representa uma alta em ritmo anual de 34%. Este é o maior excedente registado pela China desde 1995, segundo a agência Bloomberg News. A China é considerada um motor fundamental do crescimento mundial. A desaceleração de seu crescimento (6,9% no terceiro trimestre, o menor nível desde 2009) e de seu comércio exterior provocam temores nos mercados financeiros internacionais. Também afecta consideravelmente as finanças dos países produtores de matérias-primas, que têm no gigante asiático um cliente essencial. Na segunda maior economia do planeta, o sector imobiliário está saturado após anos de euforia, os gastos públicos são menores em infra-estruturas e o sector manufactureiro sofre os efeitos da capacidade excessiva. Tudo isto explica uma desaceleração geral da economia e a queda da demanda de matérias-primas como carvão e aço, ingredientes fundamentais da indústria pesada. Os números do governo confirmam que a demanda não tem previsão de melhora. Nos 10 primeiros meses do ano, as importações de carvão caíram 30% em volume e 40% em valor. Pequim tenta reorientar a economia para um modelo mais sustentável e baseado no consumo interno, serviços e novas tecnologias, mas a transição se mostra complicada. Uma série de intervenções ineficazes nos mercados financeiros e a repentina desvalorização do yuan em Agosto provocaram a desconfiança dos investidores a respeito do governo. Para analistas do banco australiano ANZ, as exportações chinesas ainda não sentiram todos os efeitos das turbulências. O yuan "permanece forte", o que representa uma redução da competitividade do país. "Uma recuperação económica moderada nos países desenvolvidos poderia sustentar a demanda mundial, mas as exportações chinesas não sairão, a priori, beneficiadas, pela desvalorização das divisas de outros mercados emergentes", afirma o ANZ. O presidente chinês, Xi Jinping, acaba de estabelecer o rumo da economia do país para os próximos cinco anos, com a ideia de que um crescimento anual de 6,5% será o suficiente para cumprir a meta de dobrar a renda média por habitante na década 2010-2020. O nível está consideravelmente abaixo do "ao redor de 7%" fixado como objectivo por Pequim para 2015.

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