Curandeiros envolvidos na caça ao tubarão
Prosseguem as acções de caça ao tubarão violento, na Baía de Inhambane, que atacou três pessoas, uma das quais perdeu a vida e outras duas ficaram sem os membros superiores. Trata-se de uma operação que já está a envolver praticantes da medicina tradicional, vulgo curandeiros, pois as estratégias montadas no início da caça ao predador não estão a resultar. Enquanto os pescadores caçam o tubarão através de redes, iscas e outros instrumentos, os médicos tradicionais procuram descobrir o local e a rota preferencial daquele peixe predador. O administrador Marítimo de Inhambane, Américo Sitoe, diz estar confiante na captura do tubarão nesta operação, que agora envolve mais de 15 pescadores. “É um trabalho contínuo, mas julgamos que mais dia, menos dia teremos sucesso”, disse Américo Sitoe, o administrador marítimo tendo acrescentado que as autoridades marítimas e os médicos tradicionais fizeram um ritual na zona de Nhaduga na perspectiva de a operação não falhar. Entretanto 18 tubarões foram capturados por pescadores ilegais, no alto mar, na zona de Baia dos Cocos, distrito de Jangamo. A acção envolveu três pescadores ilegais que confessaram desenvolver a caça desta espécie protegida há mais de cinco anos. Entretanto, o governador de Inhambane, Agostinho Trinta, apelou aos pescadores e a população a se precaver. “Reconhecemos que o mar é a base de economia para muitas famílias, ainda assim há que tomar medidas de precaução sobretudo neste dias em que se trabalha para capturar os bichos que estão a matar e mutilar na baia”, enfatizou.
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