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TRANSPORTE URBANO: Meios ferroviários podem ser alternativa

A CRISE que afecta o transporte urbano de passageiros no país pode ser solucionada com a combinação de estratégias que incluam a potenciação do serviço ferroviário, através de automotoras e comboios. Outras soluções, segundo as autoridades do sector, podem ser a introdução de uma tarifa subsidiada e a criação de vias exclusivas para os autocarros de transporte de passageiros, cujo projecto já está em fase inicial de implementação a nível da capital do país. Um estudo apresentado na recente reunião do conselho coordenador de Transportes e Comunicações indica que uma combinação adequada entre a tarifa e o subsídio pode permitir a obtenção de receitas para a adequada manutenção dos meios existentes, bem como para atrair novos investimentos para a área, evitando o agravamento demasiado da tarifa. Estas medidas deverão ser implementadas nas grandes cidades do país, a exemplo de Maputo e Matola, que enfrentam graves problemas de mobilidade devido ao congestionamento do tráfego. Quanto aos chamados meios de transporte de massas, uma prática aplicada nas grandes cidades, a reflexão, que polarizou os debates no quadro da busca de soluções para a crise de transportes urbanos, avança que os comboios e automotoras podem ser uma boa saída, atendendo às possibilidades económicas do país. Sobre a concessão de rotas, o Governo pretende operacionalizar uma estratégia para melhorar a qualidade de organização e disciplina no exercício da actividade de transporte urbano de passageiros, uma vez que, com esta ideia, o mercado estará garantido. Estas actividades poderão ser acompanhadas pela criação de um centro operacional de comando, uma unidade digital a funcionar via satélite para a transmissão de dados que poderão proporcionar inúmeras vantagens, como a promoção de segurança através da monitoria das acções dos condutores, controlo dos horários, rotas, informação pública através de painéis, etc. A realização do estudo visando atenuar a crise de transportes nas cidades seguiu-se à constatação de que a intervenção financeira no sector dos transportes urbanos, além de ser insustentável no médio e longo prazo, é ineficiente do ponto de vista de alcance de objectivos, pois não estimula a entrada de mais operadores no sector. Dados em nosso poder indicam que nos últimos quatros anos, 2010 a 2013, o Governo desembolsou pouco mais de 1.6 bilião de meticais em subsídio de transporte. Ao implementar esta estratégia o Governo objectivava tornar possível a manutenção do preço do gasóleo abaixo do seu nível de mercado, de forma a evitar o seu impacto em termos económicos e socais, compensando as gasolineiras com o diferencial de preço ou então perdas de receitas. O estudo a que o “Notícias” teve acesso indica igualmente que as gasolineiras e os transportadores públicos privados foram compensados no período de 2010 a 2013, em 3.641.84 milhões de meticais. Com a opção pelas compensações às gasolineiras e aos transportadores, de acordo com o estudo, o Executivo tinha por objectivo evitar o agravamento da tarifa de transporte e, ao mesmo tempo, assegurar a atractividade do sector para mais investidores e consequente aumento da oferta deste serviço público. Contudo, quatro anos depois a avaliação feita ao impacto destas medidas indica que não foram atingidos os resultados, a componente oferta de transporte e qualidade continuam aquém do desejado.

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