Mercado Grossita do Zimpeto: Reduz oferta de tomate nacional
A ENTRADA de tomate nacional no Mercado Grossista do Zimpeto, na cidade de Maputo, reduziu nos últimos dias, dos habituas 60 camiões para apenas vinte. O lento amadurecimento, devido ao frio que se faze sentir nos principais campos de produção como por exemplo os de Catuane e Moamba na província de Maputo, Chókwè e Chibuto, em Gaza, é apontado como a principal causa da redução. Para além do lento amadurecimento, segundo fonte daquele mercado, está o fraco desenvolvimento daquele legume, facto que se reflecte igualmente na qualidade. Soubemos que para fazer face ao défice, os comerciantes que operam naquele mercado recorrem ao tomate importado da África do Sul que reforça a produção local, com a entrada de 20 e 30 camiões por dia. Segundo Moisés Covane, administrador do Mercado Grossista do Zimpeto, apesar da redução no fornecimento do tomate nacional, mantêm se o preço praticado pois o défice é suprido pelo produto sul-africano. “Registamos uma redução em mais de 50 porcento relativamente ao tomate nacional. Apesar disso continuamos bem abastecidos porque os comerciantes recorrem às importações. Esta situação ainda não tem uma implicação directa no preço praticado”, disse Covane. Américo Banze, vendedor, disse à nossa Reportagem que está a atravessar momentos difíceis no seu negócio com a escassez de produtos frescos aliada ao frio que se faz sentir nos últimos dias. “Devido a baixas temperaturas que se fazem sentir, já não conseguimos trazer as mesmas quantidades de há dois meses. Com o frio, o tomate desenvolve pouco e quase que não amadurece”, disse Banze. Abel Cumbane, outro vendedor, recorre ao tomate sul-africano porque no território nacional é difícil encontrar tomate maduro e com boa qualidade nos últimos dias o que, para ele, é normal por estas alturas do ano. Disse ter constatado que o mesmo problema também se faz sentir nas farmas sul-africanas que só não têm o mesmo impacto que a produção local por privilegiarem uma produção em grande escala e com muita concorrência. Tanto o tomate nacional como o importado é comercializado entre 220 a 500 meticais, uma caixa de 20 quilogramas, valor que é considerado normal por estas alturas do ano. Se há uma ligeira alteração no fornecimento do tomate, o mesmo já não se pode dizer em relação ao feijão-verde, cenoura, pimento, alho e repolho, comercializados no “Zimpeto” uma vez que se trata de produto nacional. Quanto aos produtos como batata-reno e cebola, o mercado grossista ainda depende totalmente das importações, pois nos campos nacionais não há disponibilidade. No geral, o “Zimpeto” está bem abastecido e particular realce vai para os citrinos. Uma lata de 20 quilogramas de laranja, por exemplo é comercializada entre 70 e 90 meticais, tangerina entre 50 e 70, o limão a variar entre 40 e 70 mil meticais a lata.
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