ZAMBÉZIA - COM O HOSPITAL DE QUELIMANE: Saúde vai poupar 200 milhões por mês
Com a recente entrada em funcionamento do Hospital Central de Quelimane, o sector da Saúde, na Zambézia, passa a poupar mais de 200 milhões de meticais por mês que eram usados para a transferência de doentes para os hospitais centrais de Maputo, Beira e Nampula para tratamentos especializados.
O director provincial da Saúde, Hidayat Kassim, disse há dias quando abordado pela nossa Reportagem que a entrada em funcionamento do Hospital Central de Quelimane vai resolver muitos problemas, não só para os pacientes, como também para o Estado nos próximos tempos decorrente da aproximação dos serviços públicos de Saúde, bem como a redução de custos de transferência de doentes e das famílias nos seus orçamentos para cuidados sanitários.
Hidayat Kassim disse ainda que a aproximação de serviços públicos de Saúde, através do hospital central recentemente inaugurado, não significa tudo mas há toda necessidade de cada cidadão, a nível da comunidade e família se preocupe mais com aspectos da previsão.
O director provincial da Saúde disse igualmente que todos têm a responsabilidade de evitar as doenças previsíveis, recorrendo às autoridades sanitárias em casos mais graves ou enfermidades complicadas ou que precisem de intervenção de especialistas.
O Hospital Central de Quelimane tem a capacidade de 600 camas. A maternidade e ginecologia têm a capacidade de 52 camas cada. Sessenta e cinco médicos moçambicanos e cubanos estão a assegurar o funcionamento da nova unidade sanitária, construída na zona de expansão na cidade de Quelimane.
O novo hospital conta com sectores como as urgências, refeitórios, fisioterapia, cozinha, parque de estacionamento de viaturas e uma reserva de terreno para futuras necessidades em termos de infra-estruturas.
No local estão a funcionar vários serviços, incluindo outros de especialidade, nomeadamente Cardiologia, Leprologia, Neo-Cirurgia, Dermatologia, Tomologia, comprovação de paternidade e outras. A tecnologia instalada é da última geração que precisa de muito treinamento do pessoal para o seu manejo.
O outro desafio que se coloca tem a ver com a gestão de um monstro que precisa de muita capacidade humana em termos de princípios lógicos de gestão e administração para evitar que, em pouco tempo, defraude as expectativas dos cidadãos, os principais beneficiários dos Serviços de Saúde.
Entretanto, munícipes de Quelimane acreditam que a entrada em funcionamento, desde semana passada, do hospital central na capital provincial da Zambézia pode mudar a vida das pessoas no que tange à assistência médica especializada, desfazendo incertezas e poupando os parcos orçamentos familiares.
Entrevistados pela nossa Reportagem enalteceram não só a imponência, espaço mas, fundamentalmente, os serviços colocados à disposição das mais de seis milhões de pessoas da capital provincial da Zambézia.
Gilda Mário, residente no bairro Namuinho, disse que a humanização no atendimento aos pacientes deve ser encarada pelos trabalhadores como aspecto crucial para o sucesso do investimento. Segundo disse, pode ser realizado um grande investimento mas se as pessoas que trabalham na unidade sanitária não construírem uma atitude e carácter proactivo nada pode resultar em termos de qualidade dos serviços a prestar.
Pediu aos gestores das equipas nocturnos e outros para serem verdadeiros líderes de transformação da mentalidade dos seus colegas e procurarem motiva-los sempre para o trabalho.
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