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Aeródromo de Inhambane está em risco de interdição

O Instituto
Nacional de Aviação Civil poderá, a qualquer momento, interditar a utilização do aeródromo da cidade de Inhambane por falta de segurança para as operações de aterragem e descolagem de aeronaves.
A invasão da área circundante e reservada para esta instituição aeroportuária por populares para habitação éa razão fundamental que pode ditar a tomada da medida.
De acordo com a directora provincial dos Transportes e Comunicações, Acissa Márcia Carimo, mais de 400 residências de todo tipo, desde casas convencionais, de material misto e precário, foram erguidas nas redondezas reduzindo desta forma o espaço necessário para a visualização da pista de aterragem.
Acissa Márcia Carimo disse, quinta-feira ao governador da província de Inhambane, Daniel Chapo, que o departamento de segurança do Instituto de Aviação Civil, nas visitas que realizou ao aeródromo de Inhambane, manifestou a sua preocupação pela ocupação desenfreada da área reservada e proibida, porque constitui um atentado contra a segurança das manobras de aeronaves.
“O aeródromo de Inhambane corre sérios riscos de ser interdito por causa da insegurança como consequência da proliferação de residências. Há muitas infra-estruturas ao redor, muitas das quais os seus proprietários estão a solicitar o fornecimento de energia eléctrica e água”, lamentou Acissa Márcia Carimo.
O governador de Inhambane prometeu, na ocasião, desencadear acções de sensibilização das instituições intervenientes para evitarem a cedência de terrenos ou autorização de construção de habitações na área.
Chapo garantiu que tudo deverá ser feito para evitar que a cidade de Inhambane, uma das referência turística do país e da região, fique isolada das ligações aéreas domésticas ou regionais.
“As instituições, cuja missão principal é gerir o solo urbano, serão persuadidas a corrigir o erro cometido e traçar medidas urgentes que visem desencorajar todos actos que põem em causa a segurança aeroportuária no aeródromo de Inhambane”, prometeu o governador.
Dados em poder do “Notícias” e confirmados pelo director do aeródromo indicam que para fixação de residência nesta aérea reservada, cobra-se três mil meticais para obtenção do espaço e que os supostos vendedores de terrenos vivem na zona e têm ligações com  alguns técnicos do Conselho Municipal da cidade de Inhambane.

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