Prioridade na produção de comida em Angónia
Os governos dos distritos situados ao longo da extensão do Planalto Angónia/Marávia, norte da província de Tete, devem redobrar esforços na mobilização das comunidades para se empenharem nas actividades de produção agrícola para suprir o défice alimentar e garantir a segurança alimentar na região.
A orientação nesse sentido foi dada, há dias, pelo governador provincial, Paulo Auade, no decurso de um comício popular que orientou na localidade de Muanjete, no quadro da visita de trabalho que efectuou ao distrito de Tsangano.
Conforme assinalou, a região do Planalto de Angónia, que engloba o distrito do mesmo nome e os de Tsangano, Macanga, Chifunde, Chiúta e Marávia e norte do distrito de Moatize, tem todas as condições climatéricas que permitem uma produção agrícola e em grandes quantidades, sobretudo de cereais e hortícolas durante 12 meses.
“Vamos trabalhar nas comunidades, pois não podemos admitir que os grandes mercados da cidade de Tete sobrevivam com culturas alimentares importadas do exterior como a batata reno, hortícolas e feijões, cujas potencialidades encontramos nos nossos solos bastantes férteis” - disse Paulo Auade.
À população, o governante de Tete chamou atenção para a necessidade do aproveitamento da capacidade da maquinaria agrícola afectada em cada distrito do norte da província para o alargamento das suas áreas de produção e, consequentemente, do aumento da produtividade.
Referiu que o distrito de Tsangano, com todas as condições do clima tropical, a população deve se preocupar com a diversificação de culturas agrárias, destacando, por exemplo, o fomento de frutícolas como pêssego, maçã, entre outras que são apenas produzidas pelo sector privado.
“A maçã, o pêssego e morango que são muito produzidos em Tsangano pelo sector privado podem, igualmente, ser efectuadas por vocês, assim como fazem com a cultura de tabaco, com a particularidade de melhorarem a dieta alimentar e saúde dos vossos filhos e com excedente para geração de receitas” - anotou Auade.
O governador da província orientou, por outro lado, o conhecido agricultor privado do distrito de Tsangano, Carlos Carneiro, a prosseguir com os ensinamentos de técnicas agrárias e incentivar ao sector familiar a aliar o projecto de fruteiras para a arrecadação de receitas para o sustento das famílias.
“Você vive aqui, em Tsangano, a praticar a produção de hortícolas e fruteiras desde 1964 conhece bem as potencialidades deste solo. Por isso, tem uma missão forte de disseminar junto das comunidades o projecto de produção de frutas para a alimentação e o excedente para a comercialização” - exortou Paulo Auade.
Após uma visita de cerca de uma hora aos campos de produção de Carlos Carneiro, o governador ficou sensibilizado com os esforços que este agricultor está a desenvolver na produção de diversos tipos de frutas tropicais com qualidade como maçã, pêssego, uvas, entre outras.
“Percebi que em coordenação com o Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar está em curso um programa aqui, na sua machamba, de treinamento das comunidades dos distritos de Angónia, Tsangano e Macanga para a produção e tratamento de fruteiras, o que é positivo” - disse Paulo Auade na conversa com o agricultor privado, Carlos Carneiro.
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