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Taxa de crescimento volta a aumentar a partir de 2017

A Taxa de crescimento da economia de Moçambique deverá aumentar a partir de 2017, depois de encerrar 2016 com o valor mais baixo dos últimos 15 anos, de apenas 3,6%, de acordo com as mais recentes previsões da Economist Intelligence Unit (EIU).
No entanto, com uma taxa média de 4,4% em 2017/2018 e de 5,3% em 2019/2021, o crescimento da economia de Moçambique continuará longe da média de 7,3% que foi conseguida no período compreendido entre 2005 e 2015.
A EIU afirma que a economia de Moçambique tem sido prejudicada este ano por falta de divisas, o aumento exponencial da inflação e despesa pública reduzida, em simultâneo com a percepção, entre os responsáveis da banca e das empresas privadas, da ocorrência elevada de riscos políticos.
O relatório obtido pela Macauhub adianta que a produção de carvão será um dos motores da economia devido ao aumento dos preços internacionais e à procura robusta por parte da Índia, um dos principais importadores deste produto, a que associará o esforço a ser desenvolvido pelas empresas mineiras para a redução dos custos de produção.
A agricultura irá também dar a sua contribuição para a retoma da economia, com o esmorecimento dos efeitos do El Niño, mas tratar-se-á de um crescimento limitado devido à produtividade diminuta conseguida pelos pequenos agricultores.
A redução da despesa pública, que se deverá contrair 16,4% em 2017, limitará o crescimento dos sectores da construção e dos serviços, que historicamente se têm apoiado em contratos governamentais, mas a EIU antecipa que alguns investimentos privados permitirão a restauração da confiança dos empresários.
A despesa pública deverá voltar a crescer em 2019, a uma taxa de 4,8%, para crescer nos anos seguintes a taxas mais elevadas no intervalo entre 8,3% e 7,8%.
A taxa de inflação, que acelerou para 24,9% em Setembro – o valor mais elevado em mais de uma dezena de anos – deverá manter-se elevado nos tempos mais próximos, alimentada pelo efeito conjugado da desvalorização rápida da moeda, nomeadamente face ao rand sul-africano, de onde segue a maior parte dos produto comprados por Moçambique, e a quebra da produção agrícola, particularmente no sul do país.
A questão dos empréstimos contraídos por empresas públicas vai fazer com que a dívida pública, que em 2012 era de 37,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2015 de 75,8%, atinja 127% do PIB no final deste ano, para começar a descer em 2017 e 2018, com valores de 122% e 111% do PIB, respectivamente. 

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