Moradores do Chiango denunciam ameaças e extorsões

Terror e medo são como descrevem os cenários que alegam estar a viver os moradores da zona do Chiango, no bairro Albasine, na capital do país.

A situação que alegadamente dura há cerca de um ano agrava-se no período nocturno, sobretudo aos finais de semana.

O facto é que os moradores do Chiango queixam-se de agressões físicas e ameaças frequentes com recurso a armas de fogo bem como extorsões supostamente protagonizadas por agentes da guarda prisional.

Durante entrevista à nossa equipa de reportagem a população revelou que alguns agentes em causa afectos à especialidade denominada Unidade de Violência Declarada e que estão estacionados no quartel em Chiango, durante à noite patrulham o bairro para exigir Bilhetes de Identificação e quem não tiver é obrigado a pagar algum valor para não ser torturado.

Aos que se opõem são alegadamente ameaçados com recurso a arma de fogo e por vezes agredidos. Aliás, um jovem que se opôs aos agentes da guarda prisional há cerca de dois meses, por exemplo, segundo contaram os moradores, foi arrastado até ao quartel em causa onde sofreu tortura. O jovem só foi solto cerca de uma hora depois da intervenção de outros residentes que foram ao local para socorrer a vítima, de acordo com testemunhas.

 As nossas fontes contaram também que decidiram revelar o caso à imprensa porque as ameaças e agressões não cessam apesar de já terem apresentado as queixas à direcção do quartel e ao secretário do bairro.

Ainda durante entrevista à equipa do jornal O País outros moradores contaram que, por vezes, os agentes em causa consomem bebidas alcoólicas enquanto estão fardados nos estabelecimentos comerciais e determinam a hora do encerramento dos mesmos, ameaçando os clientes com armas de fogo.