Header Ads

Breaking News
recent

Saúde desafiada a formar mais profissionais

Mais de 14 mil profissionais de saúde serão formados em dez anos para dar resposta aos desafios que o sector enfrenta de escassez de técnicos especialistas em diferentes áreas.
Com estes profissionais, 190 quadros de saúde estarão para 100 mil habitantes contra os actuais 160 que atendem a igual número de pessoas.
Falando a propósito do V Observatório de Recursos Humanos para a Saúde de Moçambique que teve lugar na quinta-feira, na cidade de Maputo, Norton Pinto, director nacional adjunto de Recursos Humanos do Ministério da Saúde, fez saber que estes profissionais vão engrossar os actuais 50 mil existentes no Sistema Nacional de Saúde.
“Temos aproximadamente 2000 médicos e prevemos aumentar para mais de 3200 até 2025. Do total de médicos, mais de 600 são especialistas e destes perto de 400 são estrangeiros. O Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos (2016-2025) prevê inverter este cenário para que possamos ter 870 médicos especialistas nacionais e cada vez menos estrangeiros”, disse Norton Pinto.
A fonte fez saber que, actualmente, Moçambique tem uma maior capacidade de formar quadros de saúde, pois, para além de instituições de ensino do Estado que formam cerca de três mil profissionais de saúde por ano, conta com instituições privadas espalhadas por quase todo o país.
“Mas a projecção que fazemos em todas as instituições públicas é de que, daqui a dois ou três anos, o número suba para 9 mil profissionais formados por ano”, acrescentou. 
O evento teve como tema de fundo a análise da transição demográfica e epidemiológica, bem como o impacto que esta transição tem para o perfil e categoria de recursos humanos na saúde em Moçambique.
Quanto ao segundo ponto, Norton Pinto disse, por exemplo, que com o aumento da esperança de vida, o registo cada vez mais de acidentes de viação, de doenças do fórum cancerígeno e da hipertensão, a Saúde sente a necessidade de definir algumas categorias profissionais para dar resposta a esta realidade.
“Há uma tendência de aumento do número de pessoas da terceira idade. Isto implica a necessidade de algumas categorias como geriatras, que são profissionais especializados para lidar com pessoas da terceira idade. Estamos com alguns desafios nas doenças cancerígenas, que implicam a necessidade de mais oncologistas. Neste momento, ainda não temos em número suficiente”, referiu.
O evento, de um dia, aconteceu numa altura em que Moçambique regista um grande aumento de doenças não transmissíveis (cardiovasculares, trauma, cancros, entre outras). Contudo, muitos morrem por doenças transmissíveis (HIV/SIDA, diarreia, infecções respiratórias e tuberculose).

Sem comentários:

Com tecnologia do Blogger.