Queda de andaime resulta em 74 mortos na China
O acidente ocorreu Ă s 07h de ontem (1h em Maputo), na cidade de Fengcheng, provĂncia de Jiangxi, e deixou ainda dois feridos, de acordo com a Lusa, citada por NotĂcias ao Minuto.
As autoridades não revelaram ainda detalhes sobre os detidos, mas o operador da central eléctrica, a Jiangxi Ganneng, e a empresa de engenharia, a Hebei Yineng, que jå tem um historial de acidentes laborais fatais, estão sob investigação.
A Yineng conseguiu contractos para construir plantas em mais de doze provĂncias da China, na Turquia e MalĂĄsia, segundo informaçÔes citadas pela Associated Press (AP).
Em 2012, sete trabalhadores do grupo morreram tambĂ©m devido Ă queda de um andaime, numa torre de refrigeração na provĂncia de Yunnan, sudoeste da China.
As pĂĄginas oficiais da empresa na Internet estĂŁo hoje inacessĂveis.
A imprensa estatal revela que o acidente ocorreu durante uma mudança de turnos, o que terĂĄ contribuĂdo para um maior nĂșmero de vĂtimas.
Os trabalhos estavam a ser realizados em trĂȘs turnos, visando completar o projecto antes da chegada dos meses mais frios, Dezembro e Janeiro, revelaram os trabalhadores sobreviventes, citados pela imprensa oficial.
A usina a carvĂŁo, com capacidade para produzir 1000 megawatt, foi designada como projecto prioritĂĄrio a nĂvel provincial, colocando redobrada pressĂŁo sobre o tempo de execução.
O Presidente chinĂȘs, Xi Jinping, apelou aos governos locais para que aprendam com o sucedido e punam os responsĂĄveis.
"Face Ă vaga recente de acidentes laborais, o conselho de Estado chinĂȘs deve realizar inspecçÔes nos locais de trabalho, para reduzir riscos", afirmou Xi.
Segundo dados oficiais, em 2015, a China registou 281.000 acidentes laborais, que causaram 66.182 mortos.
OrganizaçÔes nĂŁo-governamentais dizem que o nĂșmero Ă© maior, atendendo aos casos que permanecem encobertos.
Corrupção endémica, escassa fiscalização e pressão para estimular a produtividade, face ao abrandamento da economia chinesa, são as principais causas apontadas.
Nas Ășltimas trĂȘs dĂ©cadas, a economia chinesa cresceu em mĂ©dia quase 10% ao ano, e Ă© hoje a segunda maior do mundo.
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