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INHAMBANE - Homoíne vai ter novo sistema de abastecimento de água

O Governador da província de Inhambane, Agostinho Trinta, garantiu, semana passada, em Homoíne, que a crise de abastecimento de água que se verifica na vila-sede daquele distrito há mais de dez anos, só terá solução com a construção de um novo sistema cujas obras poderão iniciar este ano com financiamento do Governo.
Para a concretização deste projecto, Agostinho Trinta explicou durante a visita de trabalho que realizou àquele distrito no âmbito de monitoria e avaliação da execução do Plano Quinquenal do Governo, que já foi elaborado e apresentado pelo consultor, a Royal Haskoning DHV, o estudo de concepção da infra-estrutura, financiado pela UE e UNICEF num valor não especificado. Neste momento, está em curso a elaboração do projecto executivo para posterior lançamento do concurso de adjudicação da obra.
A conclusão e entrada em funcionamento do novo pequeno sistema de abastecimento de água na vila de Homoíne, será o fim do sofrimento da população daquele distrito, agora obrigada a percorrer longas distâncias à procura de água para além de poupar dinheiro que actualmente gasta na compra do precioso líquido aos operadores privados em número de seis.
Não obstante as tarifas consideradas altas para famílias de pouca renda (dez meticais para vinte litros de água), os operadores privados ainda estão longe de satisfazer a procura do precioso líquido naquela vila, assim como para expansão da rede para mais bairros da urbe, o que leva com que muitos habitantes continuem a percorrer longas distâncias à busca da água.
Dados em nosso poder indicam que o distrito conta com uma população total de 121.735 habitantes dos quais apenas 31.200 têm acesso a água potável, o correspondente a uma taxa de cobertura de 25.63 por cento.
Actualmente, a população que vive nas localidades socorre-se de fontes dispersas construídas pelo Governo e seus parceiros. Das 128 existentes, 104 estão operacionais e 12 avariadas. A população destes locais, com fontes avariadas, recorre a pequenas lagoas e caudais dos rios, chegando a partilhar as mesmas fontes com animais.
No balanço da sua visita ao distrito de Homoíne, Agostinho Trinta explicou que nos encontros com a população, o tema dominante foi a falta de água e para ultrapassar a crise, explicou que o seu Executivo está a trabalhar no sentido de reverter o cenário.
“A vila deve ser abastecida com um sistema do Governo para reduzir os custos que a população é sujeita”, assegurou o governador.
No final da sua visita de trabalho, Agostinho Trinta disse que para além da falta de água, não só na vila-sede, assim como em outras localidades, constatou um esforço dos camponeses locais na busca de alternativas à produção agrícola que na campanha passada não logrou as metas planificadas como consequência da seca prolongada que fustiga a zona do interior da província de Inhambane.
Para resolver os problemas de fome decorrentes da seca disse que orientou as comunidades locais para aproveitarem as zonas húmidas para a produção de hortícolas bem como pequenos riachos para a piscicultura.
“Temos que transformar a água que temos nas lagoas em peixe. Não podemos clamar de fome quando temos possibilidades de criar comida”, disse o governador. 
Apesar da insuficiência da água bem como da fraca produção agrícola, o distrito está a caminhar no processo de desenvolvimento, caracterizado pela construção de infra-estruturas sociais e económicas.

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