SECA CONSTITUI JÁ UM DESASTRE NACIONAL
A seca constitui já um desastre nacional na África do Sul- adverte a Associação sul-africana dos agricultores.
Até aqui, cinco das nove províncias do país foram declaradas áreas de desastre.
Nestes e noutros locais, milhares de cabeças de gado bovino morreram por falta de pasto e água e noutros casos os agricultores decidiram reduzir os seus rebanhos devido ao impacto devastador da seca.
A Associação dos agricultores deplora a inflação dos preços de alimentos e chama a atenção para a grande subida dos preços das carnes a partir de Junho próximo.
O país vai importar a curto prazo sete milhões e trezentas mil toneladas de cereais.
A Associação dos agricultores considera importante que o executivo disponibilize todos os recursos possíveis. São necessários dois biliões e quatrocentos milhões de randes de garantias do estado para superar os efeitos da seca durante o primeiro ano- disse o presidente da Associação sul-africana dos agricultores.
O dinheiro poderá ser disponibilizado através do Tesouro Nacional dos Bancos Comerciais e de doadores internacionais.
A Associação dos agricultores está também preocupada com a perda de empregos no sector. Actualmente conta com oitocentos e cinquenta mil assalariados.
Para a manutenção destes empregos, a entidade solicita ao governo o pagamento de cinquenta por cento dos seus salários por um período de, pelo menos, seis meses.
Esta quarta-feira, entretanto, o governo da África do sul apresenta na Assembleia Nacional o Orçamento do Estado para o presente ano.
Espera-se que o ministro das Finanças Pravin Gordon apresente um orçamento que estimule o desenvolvimento económico numa altura em que se especula que o país pode entrar em recessão ainda este ano.
O presidente do Conselho de Administração do FNB disse esperar que Pravin Gordon priorize as intervenções concretas por forma a evitar uma maior deterioração económica e a melhorar as perspectivas de investimento.
Numa intervenção recente, o ministro das Finanças prometeu que o orçamento deste ano iria inspirar confiança ainda que o país tenha que tomar decisões difíceis, a exemplo do aumento dos impostos e a redução dos gastos do Estado
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