Agricultura: OLAM aposta no processamento
A MULTINACIONAL OLAM, empresa ligada à produção e comercialização de culturas alimentares e de rendimento, pretende concentrar-se no processamento dos produtos como forma de contribuir para a valorização dos bens produzidos em Moçambique.
A intenção foi manifestada recentemente na cidade de Nampula pelo director-geral da empresa em Moçambique, Sridhar Krishan, que falou ao “Notícias” à margem de um jantar promovido com o propósito de premiar os parceiros que se destacaram na comercialização de produtos agrícolas.
Sridhar Krishan precisou que a Olam, sediada em Singapura, garante anualmente a comercialização de cerca de 200 mil toneladas de culturas diversas junto do produtor, com destaque para o gergelim, amendoim, castanha de caju e feijão bóer, cuja produção é feita num modelo de financiamento directo.
A empresa fomenta também algodão nas regiões centro e norte do país, onde tem implantadas fábricas de descaroçamento, assegurando emprego para centenas de pessoas.
O interesse da Olam no processamento interno das culturas que produz e comercializa, particularmente castanha de caju e algodão, está em consonância com as políticas que têm vindo ser adoptadas pelo Governo na área industrial, que, segundo o entrevistado, estão alinhadas com o objectivo de acrescentar valor aos produtos.
“Para valorizar as políticas do Governo relativamente ao sector da indústria a Olam vai consolidar a expansão do parque industrial para aumentar a sua capacidade de processamento dos produtos que fomenta e comercializa”, realçou Sridhar Krishan.
A OLAM Moçambique conta neste momento com duas refinarias de óleo alimentar que operam nas cidades da Beira e Matola, província de Sofala e Maputo, respectivamente.
Tem também três unidades de descaroçamento de algodão na Beira, Ribáuè, Morrumbala e Guru, nas províncias de Sofala, Zambézia.
No sector do caju, a empresa quer passar dos cinco mil produtores com quem trabalha actualmente na comercialização para cerca de 20 mil, porque, de acordo com o director-geral da empresa, trata-se de uma área com fortes perspectivas de evolução. O objectivo é aumentar os volumes de comercialização das 12 mil toneladas por safra para 18 mil.
A Olam Moçambique é um dos maiores importadores de arroz para cobrir o défice que o país tem relativamente a este produto alimentar básico.
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