Vendaval e descargas atmosféricas matam 12 pessoas em Maputo
Luto. Caos. Desespero. Pânico. São algumas marcas deixadas por cerca de quarenta minutos ininterruptos de queda de chuva e granizo, acompanhadas de ventos fortes fenómeno que se fez sentir na noite da segunda-feira em Maputo e Matola.
O desespero tomou conta de quem foi colhido de surpresa por este fenómeno. Estradas intransitáveis devido a obstáculos projectados pelos ventos fortes para as vias. Semáforos, postes de iluminação, árvores e painéis publicitários a cederem perante a força da natureza. Várias vias ficaram completamente alagadas. Paragens repletas de pessoas. Passageiros transportados em camionetas mesmo debaixo de intempéries. Era a luta por um espaço para poder chegar o mais cedo possível a casa.
O lado mais crítico foi a ocorrência de mortes durante a noite na cidade e província de Maputo. Ao todo foram 12 pessoas que morreram na noite da segunda-feira devido ao vendaval e descargas atmosféricas.
Destas vítimas, seis morreram na capital do país, das quais quatro quando as viaturas onde se encontravam foram amolgadas pela queda de troncos de árvores no bairro Triunfo. Na altura, a informação da morte foi revelada naquela noite por testemunhas que socorreram os sobreviventes e depois confirmada pelas autoridades de saúde de Maputo.
Enquanto outras seis pessoas encontraram a morte em alguns distritos da província de Maputo vítimas de descargas atmosféricas e queda de árvores segundo revelou, hoje, o Porta-voz do Conselho de Ministros, Mouzinho Saíde.
Além das mortes o vendaval feriu pouco mais de 30 pessoas e destruiu mais de 400 casas sendo a maioria na província de Maputo. Saíde revelou que as autoridades deverão emitir oportunamente um balanço final sobre o impacto do mau tempo desta segunda-feira, pelo que uma equipa multissectorial está no terreno a recolher os dados.
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