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Nampula multiplica semente de feijões

O Instituto de Investigação Agronómica de Moçambique (IIAM) vai multiplicar e certificar, em Nampula,  sementes de feijões de variedades de alto rendimento importadas da Índia.
O facto surge em resposta à intenção manifestada por este país asiático de comprar os excedentes desta leguminosa produzida pelo sector familiar na província, com vista a suprir o défice de feijões na Índia.
Ernesto Pacule, chefe do Serviço de Extensão Rural na Direcção Provincial de Agricultura e Segurança Alimentar em Nampula, que anunciou o facto, disse que a Delegação do IIAM está a finalizar os preparativos para o início das actividades de multiplicação e certificação das sementes de feijões das variedades bóer e holoco, bastante apreciadas na Índia.
Nos últimos tempos, os produtores do sector familiar na província de Nampula evidenciam-se na produção de feijões das variedades bóer e holoco. Na campanha de comercialização de produtos agrícolas prestes a findar, o feijão-bóer é vendido a 50 meticais o quilograma, enquanto o da variedade holoco custa 60,00Mt.
A fonte precisou que, apesar de as variedades das sementes de feijões serem de alto rendimento, será necessário testar se as mesmas se adaptam às condições agro-geológicas da província de Nampula.
Concluído o processo de multiplicação e certificação, as sementes serão colocadas à disposição dos produtores. A fonte acredita que a libertação das novas variedades de sementes vai contribuir para o aumento dos níveis de produção e produtividade relativamente aos feijões com impacto significativo no volume de renda dos produtores.
Ernesto Pacule disse ainda que a província de Nampula espera produzir cerca de oito milhões de toneladas de culturas diversas na campanha agrária 2016-2017, cujo lançamento oficial está previsto para o dia 28 do mês em curso na província da Zambézia.
O sector de Agricultura e Segurança Alimentar, em Nampula, promete concentrar as suas atenções nas culturas alimentares, com destaque para as leguminosas, tendo como princípio a sua contribuição na segurança alimentar e nutricional, além de constituir uma fonte de rendimento para as famílias produtoras.
O responsável sublinhou que a meta da província é alcançável, tendo em conta que as áreas de produção registaram um crescimento notável, influenciado pela disponibilização de serviços agrários, através dos centros abertos nas regiões com maior potencial, nomeadamente Monapo, Malema, Angoche, Meconta e Eráti.

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