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PROVÍNCIA DE MAPUTO - O drama da estiagem

A Seca
nos distritos da Moamba e Magude, na província de Maputo, está a impor aos agricultores e criadores de gado suor e sacrifício redobrados para garantir a difícil produção de comida e manter vivos os seus animais. O caso não é para menos. É simplesmente dramático. A terra secou por falta de chuva. A região sul do país está a enfrentar a pior seca dos últimos 20 anos, facto associado ao fenómeno El-Nino. Desde a época chuvosa passada 2014/15 que não ocorre precipitação, o que influencia negativamente, tanto a zona de sequeiro, como os regadios. Na zona de sequeiro, para além de afectar a produção agrária, que obrigou os agricultores a reduzirem as suas áreas, os animais estão a morrer devido à falta de pasto e água para o seu abeberamento. Os agricultores da Moamba e Magude viram-se na contingência de reduzir os seus campos de produção devido à falta de chuva, que é esperada desde Outubro do ano passado, obrigando-lhes a buscar a água a cerca de dois quilómetros para irrigar as culturas. É visível o esforço dos camponeses que em devido tempo prepararam os campos de cultivo, esperando pela chuva para lançar a semente. Mas foi tudo em vão. E como a desgraça não vem só, o rio Incomáti secou, apresentando hoje apenas alguns fios de água. No terreno é facilmente notório que a terra rejeitou a dar os abrolhos, porque os efeitos da seca foram mais severos e secaram toda a semente lançada na primeira fase da presente campanha agrícola. Ainda na Moamba, o “Notícias” viu in colo animais, nomeadamente gado bovino, que sucumbiu em pleno campo, legitimando os relatos de centenas de criadores dando conta de que por causa deste fenómeno estão a perder gado. Regra geral, os animais morrem na sua movimentação em busca de possíveis zonas onde possa sobrar alguma reserva de pastagem ou ainda a procura de algumas bolsas de água. Neste exercício, muitas vezes o gado não regressa aos currais por não reunir esforço para se manter de pé, acabando por cair morto de fome e sede. O desespero tomou conta de agricultores e criadores. Dizem que rezam dia e noite para que Deus ouça o seu grito de socorro e faça cair a chuva para se garantir a vida das pessoas e dos animais. Receiam ainda que se continuar a não chover, o rio ficará sem uma gota de água eliminando todas as probabilidades da sua sobrevivência. Os regadios que poderiam contrariar o fenómeno funcionam entre 20 e 25 por cento porque, efectivamente, o rio Incomáti não tem água suficiente para abastecer os campos de produção. O centro de captação de água também não pode bombar a água por ser muito pouca. A nossa Reportagem constatou que ao longo do rio Incomáti os exploradores de inerte construíram uma espécie de “estradas” no leito do rio para a passagem de camiões que carregam areia, o que está a complicar ainda mais a vida dos agricultores, que se queixam dessa atitude. O facto é tão grave que as referidas estradas construídas por pedregulhos bloqueiam por completo a passagem da pouca água que ainda sobra que bem podia chegar aos campos de produção para assegurar o mínimo de produção para a sobrevivênci

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