China arrefece o crescimento e constipa economia nacional
A segunda maior economia do planeta e um mercado imenso –, quando gigante asiático espirra, o Mundo corre o risco de se constipar. Com as suas fragilidades, o continente africano é muito susceptível ao contágio. Que já começou. E ameaça piorar.
Não obstante os esforços, o ano passado, para estancar a moléstia, que levaram ao encerramento da Bolsa de Xangai para travar a queda das acções e a intervenções no mercado cambial para alavancar o yuan, a agência de notação financeira Moody’s ameaçou, na quarta-feira, vir a cortar o rating do país (AA3), manifestando uma perspectiva sobre o devir da economia chinesa que passou de “estável” para “negativa”.
A agência justificou o seu pessimismo com os elevados níveis de dívida (pública e privada), o escoamento das reservas financeiras do país e, ainda, as incertezas em torno da capacidade do Governo de implementar as reformas necessárias à transição de uma economia focada nas exportações a baixo preço – e sem olhar a meios, o que resultou em danos ambientais intensos e extensos – para um modelo que incentiva, também, o consumo interno e os serviços.
As implicações de tais exigências traduziram-se, ontem mesmo, no anúncio por Pequim do despedimento massivo de funcionários.
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