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Conselho de Estado sem data marcada

Na segunda-feira, fontes próximas do Conselho de Estado confirmaram a recepção dos convites mas era admitido que o encontro não se realizasse na quarta-feira, data de uma sessão de esclarecimentos do Governo aos deputados na Assembleia da República, dado que alguns dos presentes no parlamento são membros do órgão.
A Presidência da República não confirmou a convocatória, remetendo informação sobre o assunto para mais tarde.
Contactados hoje pela Lusa, fontes próximas do órgão confirmaram que a reunião não se realiza na quarta-feira, estando ainda sem nova data.
A eventual reunião do Conselho de Estado, a primeira do mandato do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, acontece numa fase de intensificação da crise política e militar entre Governo e oposição da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).
As negociações entre o Governo e a Renamo estão bloqueadas, devido à recusa do movimento de oposição de reatar o diálogo sem garantias de que vai governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
O Conselho de Estado moçambicano inclui antigos chefes de Estado, a actual e ex-presidentes da Assembleia da República, personalidades designadas pelo Presidente da República e membros indigitados pelo parlamento.
Na semana passada, o Conselho Nacional de Defesa e Segurança de Moçambique reuniu-se para debater a crise política e militar e apoiou os apelos do chefe de Estado, Filipe Nyusi, para o diálogo com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Segundo um comunicado divulgado pela Presidência, "o Conselho Nacional de Defesa e Segurança secundou o compromisso do Presidente da República para o diálogo pela paz" e "aconselhou ainda que, com maior celeridade, se identifique a melhor forma para o reforço do convite feito ao líder da Renamo.
O encontro, presidido pelo chefe de Estado, serviu para o grupo, que inclui dois elementos da Renamo, analisar o agravamento da situação política e militar, na perspectiva da "necessidade da manutenção e preservação da paz" em Moçambique.
"Este órgão decidiu também pela criação de condições de segurança para o encontro com o líder da Renamo, com vista a pôr termo aos ataques e consolidar definitivamente o ambiente de paz e de estabilidade, para que propicie o contínuo desenvolvimento socioeconómico do país", refere o documento.

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