Novo acordo climático celebrado em Paris vigora a partir de 2020

Num dia em que a cidade de Maputo registou uma temperatura máxima de 42ºC, representantes de 195 países celebravam em Paris a adopção de um novo acordo sobre o clima. “Convido agora a adoptarem o projecto intitulado Acordo de Paris que figura no documento. Estou a observar a sala, vejo que a reacção é positiva, não vejo qualquer objecção. O Acordo de Paris para o Clima está aprovado”, declarou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros. Eram 19H26 de Paris (20H26 de Maputo) quando Laurent Fabius bateu o martelo e uma forte e comovente ovação irrompeu pela sala que acolhia a

sessão plenária da conferência sobre o clima, o COP21. Foi um momento histórico marcado por abraços e até lágrimas. Após duas semanas de negociações e do adiamento do encerramento, marcado para sexta-feira, os responsáveis de 195 países chegavam a consenso, assumindo um compromisso ambicioso: limitar a subida da temperatura a 1,5ºC. O Acordo de Paris, como foi baptizado o resultado da conferência, envolve, pela primeira vez, todos os países do mundo na luta contra as alterações climáticas e o aquecimento global. No compromisso, juridicamente vinculativo, comprometem-se a reduzir significativamente o uso de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural) para apostar nas energias renováveis.