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Três detidos após naufrágio com 11 mortos em Moçambique

A polícia moçambicana deteve um tripulante e dois proprietários de uma embarcação que naufragou sábado em Manica, centro de Moçambique, fazendo 11 mortos. António Vilanculos, administrador marítimo de Sofala, que investiga o incidente ocorrido na confluência de três rios em Nova Revue (Manica), afirmou que com os primeiros resultados da investigação "já se está a incriminar", quando a sobrelotação do barco é apontada como a principal causa do naufrágio. LEIA TAMBÉM Cinco mortos em naufrágio no centro de Moçambique "Se nós formos a fazer os cálculos, tendo a base de 17 pessoas [a bordo] e multiplicarmos por 70 quilogramas por cada passageiro, vemos que há uma sobrelotação", explicou António Vilanculos, insistindo que a embarcação não tinha capacidade para levar 1,2 toneladas de carga. Uma embarcação precária, movida a remos, naufragou com 17 crentes da organização religiosa Zion Cristian Church (ZCC), de origem zimbabueana, quando o grupo tentava atravessar a confluência dos rios Revue, Messica e Chicamba para participar numa vigília na outra margem, no distrito de Sussundenga. Entretanto as autoridades de Manica, centro de Moçambique, encerraram na quinta-feira as buscas por desaparecidos do naufrágio, com o resgate do último corpo, totalizando 11 mortos do incidente, contrariamente aos 12 mortos anunciados anteriormente. Na actualização dos dados, o Governo adiantou que seguiam a bordo da embarcação 17 pessoas, incluindo dois tripulantes, e seis sobreviveram. As pessoas resgatadas com vida foram encontradas agarradas a galhos de árvores no curso e nas margens das águas, presumindo-se que as restantes vítimas tenham sido arrastadas pela corrente.

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