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VIUVA DE SANKARA APELA A NAO CAUCIONAMENTO DA IMPUNIDADE DE COMPAORE

Ouagadougou, 23 Dez (AIM) - A ex-Primeira Dama burkinabe, Mariam Sankara, apelou à Costa do Marfim para entregar à Justiça do Burkina Faso o ex-Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, refugiado em seu território mas visado por um mandado de captura internacional. 'É o povo burkinabe que deseja a justiça. O povo ivoiriense e o povo burkinabe são povos irmãos, as autoridades ivoirienses não caucionam a impunidade', declarou terça-feira última a viúva de Thomas Sankara nas ondas da Rádio France Internacional (RFI). 'Espero um dia vê-lo comparecer diante dos tribunais burkinabe. Espero portanto pelo seu repatriamento. Ele vai ter que nos dizer porque. Vai dizer-nos a verdade. Porque fez isso e deve explicar-nos', acrescentou Mariam Sankara. A ex-Primeira Dama burkinabe vive exilado em Montpellier, em França, desde o assassinato do seu marido, o ex-Presidente burkinabé, Thomas Sankara, num golpe de Estado em 1987, que levou Blaise Compaoré ao poder. Ela afirmou que o Presidente ivoiriense, Alassane Ouattara, deve fazer 'isso para o povo burkinabe, em prol das boas relações entre os dois países'. A viúva de Sankara lembrou que, desde a revolta popular de finais de outubro de 2014, o povo burkinabe disse, entre outras coisas: 'a impunidade nunca mais neste país'. '(Michel) Kafando (Presidente da Transição) já deu início, penso, portanto, que vai ser difícil para Roch Kaboré não continuar neste sentido', desejou. O antigo Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré, foi derrubado a 31 de outubro de 2014 por uma revolta popular depois de 27 anos de poder ditatorial. Ele é visado por um mandado de captura internacional no quadro do dossiê do assassinato, em 1987, do Presidente Thomas Sankara, considerado como o seu irmão de arma da época. Em finais de maio passado, a Justiça militar procedeu à abertura do suposto túmulo de Sankara, pai da revolução burkinabe, para determinar as causas reais da sua morte e identificar formalmente o seu corpo. Os primeiros resultados indicaram que o suposto corpo de Sankara foi crivado de balas e, segundo um dos advogados dos herdeiros, análises praticadas no seu corpo não permitiram determinar o seu DNA devido ao 'estado de decomposição dos seus restos mortais'. O general Gilbert Diendéré, antigo braço direito de Compaoré e autor do golpe de Estado abortado de meados de setembro último, foi capturado pela Justiça por cumplicidade nesta matéria. A dinâmica deste dossiê Sankara acontece a alguns dias do fim do mandato das autoridades da transição que prometeram esclarecer este assunto, que teve nenhuma sequência sob o regime de Compaoré varrido por uma 'tempestade de rua' em outubro de 2014. As eleições de 29 de novembro último, vencidas por um ex-primeiro-ministro de Compaoré, Roch Marc Christian Kaboré, puseram termo a 13 meses de regime de transição política no Burkina Faso.

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