Em Sofala

Polícia mata criança em perseguição

a jogadores de “batota” em Matacuane

Dois casos tidos como graves na actuação dos agentes da Polícia registaram-se ontem em Matacuane, cidade da Beira, um dos quais foi a morte, a tiro, de uma criança de três anos de idade, quando dois agentes à paisana e ao serviço da 3ª Esquadra, sito naquele bairro, estavam a perseguir um grupo de jovens surpreendidos a jogar “batota” (cartas) na via pública.

A morte do menor deixou testemunhas oculares indignadas, tendo em conta o tipo de presumível crime que, no seu entender, não pode justificar o recurso a uma arma de fogo. Mas este caso lembra outro, ocorrido no ano passado, quando um polícia da mesma esquadra disparou contra um taxista de “tchopela” defronte das barracas de Matacuane.

O “tchopelista”, refira, foi morto por se julgar que tinha gravado imagens de dois agentes embriagados, discutindo na barraca devido ao pagamento da bebida que ambos tinham consumido, fardados e armados.

O recurso a armas, no caso de ontem, tinha começado de manhã com a intenção de desalojar um ocupante de imóvel em disputa, depois de ter sido accionado o tribunal, sem conhecimento da APIE, que tem contrato em dia com o inquilino, e da Direcção Provincial das Obras Públicas e Recurso Hídricos de Sofala.