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Odebrecht admite ter pago 900 mil dólares em subornos a funcionários do Governo de Moçambique durante mandato de Guebuza

A Odebrecht admitiu, num acordo de leniência com o departamento de Justiça dos Estados Unidos da América, ter pago subornos de 900 mil dólares norte-americanos a funcionários de Governo de Moçambique entre 2011 e 2014. A única obra de construção civil que a empresa brasileira edificou para o nosso País nesse período foi o aeroporto de Nacala que custou 216,5 milhões de dólares em Dívida Pública para o Estado moçambicano.
A revelação consta de um documento tornado público na quarta-feira(21) passada, após a empresa assinar o acordo de leniência - espécie de denúncia com benefícios legais(substituição ou redução da pena, por exemplo) para a empresa que se compromete a revelar actos ilícitos - com o objectivo de suspender as acções judiciais contra a construtora nos Estados Unidos da América(EUA).

Segundo o comunicado do departamento de Justiça dos EUA, a Odebrecht pagou subornos para garantir contratos em mais de 100 projetos que executou em Moçambique, Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Panamá, Peru e Venezuela.
De acordo com as confissões, a Odebrecht envolveu-se num massivo e inigualável esquema de suborno e arranjo de licitação por mais de uma década, começando em 2001. Durante esse período, a Odebrecht pagou aproximadamente 788 milhões de dólares em suborno a funcionários do Governo, representantes deles e partidos político em países com o objectivo de vencer negócios nesses (12) países", indica a Justiça norte-americana.
Pode-se ler no extenso acordo que, entre 2011 e 2014, a empresa brasileira “pagou ou fez com com que fossem pagos em suborno aproximadamente 900 mil dólares norte-americanos a funcionários do Governo de Moçambique”.

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