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MDM insatisfeito com a situação política

Na sessão solene que encerra as actividades parlamentares para este ano, o Chefe da Bancada do MDM, Lutero Simango, disse que o seu partido não está nada satisfeito com a actual situação política que o país atravessa. Na opinião do deputado, o que considera guerra não declarada constitui um instrumento que semeia luto e violência do quotidiano nacional.
A fim de se ultrapassar o quadro que compromete o progresso do país, Simango entende que Moçambique só pode se encontrar se houver uma inclusão dos cidadãos, com alteração da Constituição da República, que, por exemplo, permita a eleição dos governadores provinciais, e, com isso, diminuir as possibilidades de conflitos para o futuro.

Na voz de Lutero Simango, o MDM referiu-se aos efeitos colaterais gerados pelo recurso à violência na tentativa de se alcançar consensos políticos, como degradação dos valores, encerramento de actividades económicas que condenam os nacionais à miséria. Assim, é do interesse deste partido que os envolvidos deixem de usar uma democracia armada e parem de enriquecer a custa do suor do povo. “Pensem no sofrimento e na desgraça que o povo vive, nos emigrantes e nos camponeses que ficam sem terra para cultivar”, sugeriu Lutero Simango, vaticinando: “temos pouco tempo para salvar Moçambique. Se não agirmos agora, acabaremos num Sudão ou numa Somália”.

Para o MDM, a noção de pertença colectiva está comprometida, a favor de interesses individuais que vão confirmando que a sociedade moçambicana anda doentia. A cura, na percepção do deputado, reside no maior desafio do país, o resgate da paz e a construção de uma sociedade coesa e apartidária.

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