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Governo interrompe abastecimento de água aos regadios de Maputo

A Barragem dos Pequenos Libombos vai parar de fornecer água aos regadios da província de Maputo, a partir de amanhã. É que os níveis de água continuam abaixo do normal e o Governo diz que a medida visa garantir água para o consumo.
“Esta é uma situação que estamos a gerir desde o ano passado. De lá para cá, interrompemos a produção de energia. Gradualmente, fomos diminuindo a água para as grandes empresas que fazem agricultura e para as pequenas também, de 75 por cento, depois para 50, agora estamos a 25 por cento. A continuar assim, teremos que ter outros cenários de gestão, que passam por interditar a água aos regantes”, explicou o ministro dos Recursos Hídricos, no final de uma visita realizada, esta segunda-feira, à infra-estrutura.
A escassez de água na Barragem dos Pequenos Libombos, responsável pela retenção de água para a subestação de captação e tratamento de Umbelúzi, que, por sua vez, abastece as cidades de Maputo, Matola e o distrito de Boane, está a ser causada pela seca que desde o início do ano assola sete províncias do país, incluindo todas as províncias da região sul.
Carlos Bonete diz que o ideal seria que a chuva caísse em grandes quantidades nos próximos dias, para reanimar a capacidade de descargas da barragem, que é de 4.2 metros cúbicos por segundo, mas que, neste momento, está nos 3 metros cúbicos por segundo. Por enquanto, a água para o consumo está assegurada, mas todos são chamados a fazer uma gestão sustentável, para prevenir a escassez.
“Usar água com cuidado significa usar apenas o necessário. Precisamos de deixar de fazer regas descontroladas dos jardins, de lavar carros com mangueira conectada à torneira, e ter presente que a água deve chegar para todos. E as pessoas devem estar conscientes de que não há água que abunde e a poupança de todos pode ajudar a vencer esta situação”, disse Bonete.
Com o crescimento populacional em Maputo, a Barragem dos Pequenos Libombos mostra-se cada vez mais incapaz de responder efectivamente à demanda, por isso, o Governo está a mobilizar recursos para solucionar o problema, através da exploração de aquíferos, caso do recém-criado Centro Distribuidor de Intaka.

Restrição vai afectar produção agrícola

A suspensão do abastecimento de água aos regadios vai ter implicações na campanha agrária. O ministro dos Recursos Hídricos explica que está ciente disso, mas “é preciso começar a cortar em algum lado. Se caírem chuvas e a situação melhorar, poderemos tirar o alerta vermelho aos regantes”, disse Carlos Bonete. 

A situação de baixos níveis de água também se verifica na bacia do Incomáti, onde há restrições para a produção da cana, e na bacia do Limpopo. “Há água na barragem de Massingir, mas como ela tem problemas, não tem como fazer as descargas e resolver os nossos problemas. Esperamos que venham mais chuvas e ajudem a melhorar a situação”, disse. A barragem dos Pequenos Libombos tem uma cota de armazenamento de 47, mas neste momento está na cota 36.

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