Brazil-Eleição indireta seria uma aventura e não resolveria o problema
A discussão sobre novas eleições diretas para presidente da República vem sendo sufocada pela base governista no Congresso Nacional, mas a cada dia ganha mais fôlego entre os segmentos populares. Com a aparente desidratação do governo de Michel Temer, que está cercado de denúncias provenientes de delações premiadas e amargando baixa popularidade por conta das medidas de austeridade, os movimentos sociais reforçam o discurso e pedem um novo pleito já no próximo ano.
Segundo o artigo 81 da Constituição Federal de 1988, em caso de vacância do cargo de presidente na segunda metade do mandato, o novo chefe do Executivo deve ser eleito indiretamente pelo Congresso para exercer um mandato-tampão.
Mas a baixa popularidade da maioria do Legislativo – também imersa em denúncias de corrupção e rechaçada pela aprovação das medidas governistas a toque de caixa e sem interlocução com a sociedade – tende a ampliar a oportunidade de os movimentos construírem uma conjuntura que favoreça uma nova eleição popular.
Para a Frente Brasil Popular (FBP), que representa mais de 80 entidades espalhadas pelo país, a atual crise que se desenrola nos cenários político, econômico e social só poderia ser enfrentada com a escolha direta de um novo presidente ou presidenta.
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